A terapia hormonal, antes chamada de terapia de reposição hormonal, é indicada para mulheres no período de climatério, na perimenopausa (quando está próximo da menopausa) ou pós-menopausa inicial que estejam com sua qualidade de vida impactadas com os sintomas decorrentes da queda de estrogênios.
Quer saber mais sobre a terapia de reposição hormonal? A Dra. Ana Paula Sanaiote Portela (CRM: 129.044), ginecologista da Clínica Mitera, explica mais sobre o assunto!
Quando é indicada a terapia hormonal?
Conforme a Dra. Ana Paula, a escolha para prescrição da terapia hormonal deve ser individualizada. Dentre as principais queixas que levam o ginecologista a pensar em terapia hormonal estão: sintomas vasomotores (fogachos, ondas de calor, sudorese noturna), síndrome geniturinária (ressecamento de vulva e vagina, coceiras decorrentes ao ressecamento, ardor, irritação local, dor no momento da relação sexual, diminuição de lubrificação, ardor miccional, urgência miccional, infecções urinárias de repetição) e alterações do humor ou piora de quadros emocionais.
“Estudos demonstram que o uso da terapia hormonal pode melhorar a qualidade da massa óssea e massa muscular em casos de sarcopenia, que é a diminuição da massa muscular devido à idade, e perdas mais severas, além de poder modificar o risco cardiovascular, a depender do tipo de terapia, entretanto esses não são indicadores para a escolha do tratamento”, explica Dra. Ana Paula.
Como é realizada a terapia hormonal?
Atualmente, há no mercado algumas formulações hormonais. Entre as formas de administração, temos a oral, a transdérmica e a vaginal.
“A orientação é que seja prescrito sempre a menor dose possível para a melhora dos sintomas referidos. Para cada necessidade da mulher uma via pode ser escolhida, o tipo de hormônio poderá variar, bem como o tempo de uso, que poderá ser avaliado conforme risco-benefício e melhora dos sintomas”, esclarece Dra. Ana Paulo.
Existe contraindicação para a reposição hormonal?
É sempre bom lembrarmos de que todo tratamento apresenta contraindicações. Nesse caso, a terapia de reposição hormonal não pode ser utilizada em pacientes que tenham histórico de câncer de mama ou lesão precursora de câncer de mama, câncer de endométrio, sangramento vaginal de causa desconhecida, doença hepática descompensada, porfiria, doença coronariana, doença cerebrovascular, doença trombótica ou tromboembólica venosa, lúpus eritematoso sistêmico e meningioma (contraindicação apenas do progestógeno).
Quais são os riscos?
Como todo tratamento, a terapia hormonal pode apresentar riscos. “Os principais riscos estão associados às doses usadas de estrógeno, duração da terapia, vias de administração. Entretanto, os estudos demonstram que é uma terapia segura quando bem indicada”, explica Dra. Ana Paula.
Um dos riscos mais temidos pelas mulheres é o aumento na taxa de câncer de mama, no entanto a probabilidade da doença é variável, dependendo do tipo, via e duração da terapia.
O risco de câncer de endométrio e hiperplasia endometrial foi alto no início das pesquisas para a menopausa, mas esse risco foi anulado com o uso da progesterona como agente protetor do endométrio, obrigatório nas formulações de mulheres que possuem útero.
Outro risco que também está relatado é o de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Suas taxas variam de 7-18 casos a cada 10.000 mulheres em uso da terapia.
Se você estiver interessada em fazer a terapia hormonal, a Clínica Mitera tem ginecologistas que podem ajudar você. Agende a sua consulta!
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