Vamos fazer um exercício: feche os olhos e tente sentir a sua musculatura abaixo da sua cintura, onde está localizada a sua vulva. Você sentiu? O nome dele é assoalho pélvico, que suporta a bexiga, o útero e o intestino. Essa região é muito importante para a função sexual, a manutenção da continência urinária e fecal e a sustentação da pressão intra-abdominal.
Para explicar tudo sobre essa importante parte do nosso corpo, chamamos a fisioterapeuta e especialista em saúde da mulher, Wandressa Stefaneli. Confira!
O que é o assoalho pélvico?
O assoalho pélvico é a parte debaixo da pelve e é composto por músculos e ligamentos. Quando essa musculatura está enfraquecida, a mulher pode ter escapes de urina, fezes, gases e descida dos órgãos pélvicos (útero, bexiga, vagina, uretra e reto) e impacto na vida sexual. “Tudo isso afeta as atividades diárias e a qualidade de vida da mulher, pois leva ao isolamento social. Mulheres que têm escapes de urina ao rir numa roda de amigos, por exemplo, podem ficar constrangidas e evitar socializar com outras pessoas”, explica Wandressa.
Assoalho pélvico e a vida sexual da mulher
Um assoalho pélvico saudável também pode ajudar a mulher a ter mais prazer sexual. Wandressa desenrola o assunto para nós: “Os músculos que constituem o assoalho pélvico respondem aos estímulos sexuais, aumentando a circulação sanguínea local e contraindo durante o orgasmo. Dessa forma, quando a musculatura está exercitada, ela pode promover maior prazer sexual”.
Mas é importante lembrar que o assoalho pélvico não faz todo o trabalho sozinho para aumentar o prazer sexual. Muitas mulheres podem ter disfunções na região, como o vaginismo, a vulvodinia, a dispareunia (dor na hora do sexo) e a anorgasmia (dificuldade e incapacidade de chegar ao orgasmo), que podem ser tratadas para a melhoria da função sexual.
O que pode prejudicar o assoalho pélvico?
A ausência de exercícios específicos para os músculos do assoalho pélvico e a falta de consciência da existência dessa parte do corpo são fatores que prejudicam a função do assoalho pélvico.
Não foi à toa que iniciamos este texto com um exercício de percepção da musculatura, isso porque muitas mulheres não sabem que ela existe e nem como trabalhá-la durante as atividades físicas. “Os exercícios de alto impacto, que contém saltos por exemplo, sobrecarregam o assoalho pélvico e podem ser prejudiciais, mas, se a mulher sabe treinar essa musculatura, fazer essas atividades não seria um problema”, explica Wandressa.
Momentos da vida da mulher que deixam o assoalho pélvico enfraquecido
Todas as mulheres devem trabalhar o fortalecimento do assoalho pélvico, principalmente as que estão passando pelo climatério e pela menopausa, quando há a queda do estrógeno, o que pode enfraquecer a musculatura e prejudicar a lubrificação e elasticidade vulvar e vaginal.
As gestantes também precisam ficar atentas ao assoalho pélvico, uma vez que o peso do útero grávido pode sobrecarregar a musculatura e, caso não seja treinada, pode levar a escapes de urina.
Quem procurar quando o assoalho pélvico está debilitado?
Se você notar alguns dos sintomas do assoalho pélvico fraco procure uma fisioterapeuta especializada em fisioterapia pélvica.
“O ideal é que, assim como a mulher vai à ginecologista, ela também deve buscar uma fisioterapeuta para conhecer a saúde íntima e trabalhar essa musculatura de forma consciente e preventiva”, diz Wandressa.
Na dúvida de onde procurar auxílio para melhorar o fortalecimento do seu assoalho pélvico, entre em contato com a Clínica Mitera e marque uma consulta!